Realmente é isso que você quer?



Se é impossível ter certeza do resultado da jornada, que pelo menos tenhamos a certeza de que estamos dispostos a percorrer o caminho que escolhemos, porque estaremos nele durante um tempo
imprevisível e provavelmente tortuoso de nossa existência.

​Existe um ditado que diz que “para quem é martelo, todo mundo parece prego”. Em geral, isso quer dizer que quando você se limita a ver o mundo em termos daquilo que você está acostumado a fazer, é muito difícil mudar seu comportamento. Você precisa das ferramentas certas para os trabalhos certos. E nossas principais ferramentas para os concursos públicos são os materiais.

Os materiais para concursos públicos são os mais variados. Para fazer uma breve digressão, eu costumo diferenciar os materiais em três categorias: materiais de base, materiais de revisão e materiais de aplicação.

Essa diferenciação é importantíssima porque explica muitos dos problemas que mesmo candidatos avançados (mas desatentos) encontram nos estudos. 

Materiais de base
Materiais de base podem ser definidos como aqueles que você usa para entrar em contato com um conteúdo pela primeira vez ou para aprofundar teoricamente seus conhecimentos. Os materiais mais comuns nessa categoria são livros, aulas presenciais, apostilas em PDF, videoaulas⁠.. Cada um deles tem sua peculiaridade. E para descobrir o que mais se adequa ao seu caso, você vai precisar experimentar cada um e ver do que gosta mais. Mas faço uma observação: eu prefiro sempre o texto, e os candidatos aprovados nos melhores concursos preferem texto. Eu sei que alguns conteúdos são mais bem apreendidos em outras mídias, mas o texto tem algumas características que são difíceis de reproduzir (como a pesquisa, a velocidade adaptável, as marcações). Afinal, quem lê bem acaba escrevendo bem, entendendo melhor, ampliando seus horizontes e tendo mais oportunidades na vida. Radical? Talvez. Mas conforme o tempo passa, isso se mostra cada vez mais acertado. Portanto, se você não gosta de ler, este é um bom momento para começar a mudar seu comportamento e buscar algo que seja mais positivo para você - a leitura.

Os outros dois tipos de materiais serão mais a frente, mas os materiais de revisão são aqueles construídos para revisar. A revisão, como veremos, é parte fundamental dos seus estudos. Você revisa para não esquecer, para fixar melhor os conhecimentos e para ter certeza de que a recuperação (um mecanismo cognitivo fundamental para sua aprovação) esteja sempre afiada na hora H.

Os materiais de aplicação, por sua vez, são basicamente questões (objetivas e discursivas) que resolvemos ao longo de nossa vida como candidatos. A aplicação (resolução de questões) também é de fundamental importância, e compõe a metodologia que costumo seguir!

Mas… como saber para qual caminho ir?
Como avaliar um bom material de base... Não é da minha índole dizer para você qual material você deveria escolher, porque isso é muito pessoal. Mas posso dizer como avaliar esses materiais. O primeiro ponto é saber que alguns dos professores que montam questões das principais bancas escolhem materiais públicos, preferencialmente do Ministério da Saúde e de Institutos como INCA ou FIOCRUZ. Por que fazem isso? Antigamente, existia a bibliografia recomendada e se fizessem questões fora daquela lista tinham inúmeros recursos... Hoje em dia nem tem mais nos editais. Não sei se reparou... E também pela facilidade de acesso todos os candidatos não tem mais as desculpas que não tinham acesso porque os livros eram caros e inacessíveis... tenho até hoje uma coleção de Biotecnologia que nunca nem abri mas que tive que comprar pra fazer um concurso... era um saco isso!

O segundo ponto é saber qual o profissional responsável por eles. Todo material tem um professor conteudista. Professores mais renomados costumam (mas não necessariamente) ser melhores tanto em termos de conteúdo quanto em termos de didática. Ser famoso significa ser bom? Não. Até porque há excelentes profissionais que entraram há pouco tempo no ramo e têm aulas fantásticas. Mas, por uma questão de prática, de testes, de experiências, aqueles que estão há mais tempo no ramo têm uma probabilidade maior de ter um conteúdo adequado à finalidade que pretendemos (Pqp tô velho quando falo que tenho 18 anos de profissão kkkkkk).
O terceiro ponto é uma avaliação pessoal do conteúdo visto. De nada adianta o professor ser (teoricamente) bom e a empresa ser (teoricamente) sólida se o conteúdo que você vê não te parece bom... E tem gente que compra cada porcaria por aí!!!

A avaliação final será sempre feita por você. Experimente o curso, o programa, o livro. Leia o primeiro capítulo, participe da primeira semana. Não com a intenção de pedir devolução ou ressarcimento, mas com o coração aberto, com disposição para superar suas dificuldades e se adaptar a um novo sistema. No final das contas, o que vai determinar o sucesso dessa jornada é tanto sua afinidade com o material quanto sua capacidade de se adaptar a ele. Se as diferenças forem irreconciliáveis, parta para a próxima. Muito em breve, você vai começar a ter de cabeça os materiais em que você confia e suas decisões serão muito mais rápidas. 

Não basta ter bons materiais, é preciso saber o que fazer com eles. Isso é um ponto muito importante
que precisa estar absolutamente claro para você:
ter bons materiais não é suficiente. É necessário, claro. Você precisa de bons materiais, porque é isso que vai te dar a base, que vai te fornecer a essência dos estudos. Vejo candidatos desesperados, achando que o próximo PDF vai resolver suas vidas, e eles se esquecem que há candidatos 
sendo aprovados até com apostilas descartadas no lixo (embora sejam honrosas exceções é bom lembrar que o caso existe). Mas nada adianta ter um bom material mas não conseguir extrair dele o máximo do aprendizado. Não adianta ter o melhor material
se você tiver retenção de 10, 20% do que ele oferece. 

E para resolver isso, teremos próximos posts. Inclusive, para descobrir que para estudar não basta ler. 



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